Finalmente, Hollywood entendeu a cultura do anime de uma forma bem legal. Apesar de No Limite do Amanhã(2014), que adapta o mangá All You Need is Kill, Ghost in the Shell seria o ponto decisivo se realmente Hollywood pode adaptar obras de mangá e anime, ainda mais depois de fracassos como Speed Racer(2008), Dragonball Evolution(2009) e Oldboy Dias de Vingança(2013) e os fãs agora podem ficar tranquilos.
O filme tem como base o anime de 1995, que possibilitou realmente o conhecimento desta obra ao mundo ocidental, fazendo com que os irmãos, agora irmãs Wachowskis a se inspirarem e criarem Matrix, porém, o diretor Rupert Sanders usou outros elementos dentro dos animes de Ghost in the Shell, ao mesmo tempo que não é somente um fã service, onde ele consegue colocar a sua visão sobre o longa.
O grande plot da trama é mostrar o inicio da Major Mira Killian(muitos podem achar ruim que ela não se chama Motoko Kusanagi, como no anime, mas isso é explicado, porém, seu eu explicar agora, é spoiler), feita por Scarlett Johanson, que sofreu um atentado e seu cérebro foi colocado em um corpo de ciborgue. Ela trabalha na Seção 9, que é uma seção da polícia especializada em crimes cibernéticos e precisa lidar com a ameaça de Kuze(Michael Pitt), um ciborgue que foi feito pela Hanka Robotics, assim como a Major, que acabou sendo descartado por ter seus testes falhados e com isso, decide se vingar da Hanka Robotics. Pô, é sem spoilers e você entregou o filme. Não, pois o longa terá uma reviravolta que é bem legal.
O grande destaque do longa é o visual, que é incrível, mostrando que a Paramount investiu realmente para fazer a sua grande obra. O roteiro é muito bom e merece destaque, porém, o filme não é 100% perfeito.
Um dos defeitos do filme, na minha visão, foi ter explorado pouco a Seção 9, com o foco sendo mais na Major, Batou e Aramaki e nomes como Togusa, Saito, Ikishawa foram completamente deixados de lado. Eles aparecem, porém, pouquíssimo.
Bom, em relação a Batou e Aramaki, eles também são destaques do longa e Kuze também consegue ser uma boa ameaça, além de Scarlett Johanson ter feito uma Major inexperiente, que desacatava ordens de seus superiores, ao mesmo tempo que começa a se tornar a líder que virá ser da Seção 9. E apesar de não ser japonesa, o visual de Scarlet lembra bastante ao da Major dos animes. As cenas de ação são boas, sendo bem convincentes.
Como dito antes, o filme faz uma homenagem ao anime, com Rupert Sanders usando vários artifícios dos animes, inclusive, para quem não lembra, na segunda temporada de Ghost in the Shell, o passado da Major é revelado, não sendo unicamente uma invenção do diretor.
Os animes estão ganhando realmente espaço em Hollywood e isso é muito bom!!!
Nota do filme: 8.5
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