sábado, 5 de agosto de 2017

Crítica: Planeta dos Macacos A Guerra é uma obra de arte(sem spoilers)

E é o melhor filme do ano!!!

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Ficha técnica: Planeta dos Macacos A Guerra
Ano: 2017
Lançamento: 14 de Julho(EUA), 03 de Agosto(Brasil)
Elenco: Andy Serkis(César), Woody Harrelson(Coronel), Steve Zahn(Macaco Mau), Karin Konoval(Maurice), Gabriel Chaviarra(Preacher), Amiah Miller(Nova), Terry Notary(Rocket), Michael Adamthwaite(Luca), Sara Canning(Lake), Judy Greer(Cornelia), Aleks Paunovic(Winter) e Max Lloyd-Jones(Blue Eyes).
Classificação: 14 anos
Duração: 140 minutos(2 horas e 20 minutos)
Sinopse: Humanos e macacos cruzam seus caminhos os caminhos novamente. César e seu grupo são forçados a entrar em uma guerra contra um exército de soldados liderados por um impiedoso coronel. Depois que vários macacos perdem suas vidas no conflito, César luta contra seus instintos e parte em busca de vingança. Dessa jornada, o futuro do planeta poderá estar em jogo.

É uma obra prima e fecha muito bem a trilogia iniciada em Planeta dos Macacos A Origem(2011) e Planeta dos Macacos O Confronto(2014), com a história seguindo os desdobramentos do último filme, com a guerra entre humanos e macacos. Porém, essa guerra só há interesse pelos humanos, que se encontram a beira da extinção, enquanto os macacos lutam apenas pela sobrevivência. Há a guerra, mas o mote principal do longa é o drama e vemos um cenário totalmente devastador, sem esperança, principalmente os humanos, que estão no seu pior momento na história da humanidade. E isso é pontuado pela trilha sonora de Michael Giacchino, que soube transmitir leveza e dureza nas suas notas musicais, que aumenta ainda mais o andamento da narrativa.

A fotografia retrata bem o cenário da história, mostrando tons sombrios e tons claro quando há esperança, além de ser bem editado, com as cenas conversando uma com a outra e fazendo sentido.

O roteiro do longa, que é assinado também pelo diretor Matt Reeves, convence e é um dos pontos alto do longa. Ele consegue, num filme de guerra, dar calma aos personagens se desenvolver, sem pressa e sem ficar repetitivo, além de apresentar bem o cenário em geral. Além disso, sua direção dá a dimensão que o filme merece, dando drama e clima de guerra no tempo certo, dando escalas de algo épico, com a ajuda da edição e a fotografia.

Porém, o ponto alto do longa são as atuações, tanto dos macacos quanto a dos humanos. Os atores que fizeram a captura de movimento dos macacos estão de parabéns, conseguindo convencer, pensando que eles realmente são macacos, com nada sendo forçado e você vê a impressão de emoção nos olhos deles, já que viveram a guerra e o declínio da humanidade. Enquanto os humanos não aparecem tanto quanto apareceram nos outros dois filmes e isso Reeves acertou a mão, pois vemos a guerra sob os olhares dos primatas. O destaque humano é o Coronel, o vilão, que não aquele vilão básico e sim um vilão humano, onde você entende o por quê que ele faz aquilo no filme e você acaba entendendo o seu lado. Aliás, tem uma cena que ele conversa com o César, que é sensacional, mostrando dois líderes em conflito, sem precisar gritar um com outro.

E Andy Serkis manda muito bem como Cesar, sendo o melhor trabalho de sua carreira. Serkis consegue demonstrar no seu personagem um líder experiente, ao mesmo tempo em conflito, já que tem que lidar com uma guerra que não foi iniciada por ele e que vem pagando o preço, juntamente com o seu bando. Aliás, falando novamente com o seu encontro com o Coronel, mostra os dois lados da moeda, com ambos tendo os erros de líderes e Reeves nos mostra que nem mesmo a figura de um líder é um ser que não pode cometer erros.

Um destaque extra é a aparição do Macaco Mau, que é feito pelo comediante Steve Zahn, que é meio que o alívio cômico, mas suas piadas são boas, pontuais, sem exagero e realmente sendo coadjuvante, já que o longa é para mostrar o drama da guerra.

Os macacos que tem mais destaques são Luca, Rocket e Maurice, companheiros leais de Cesar, com Luca e Rocket sendo a fonte confiante de Cesar, enquanto Maurice é o conselheiro do líder, já que conhece Cesar há muito tempo.

No resumo da obra, Planeta dos Macacos é uma obra prima e vale muito a pena você ver esse filme no cinema. E Andy Serkis merece ganhar o Oscar, pois seria uma falta de respeito se ele não levasse!!!


Nota do filme: 10

Um comentário:

  1. A construção do roteiro é tão problemática que a história de Planeta dos Macacos: A Guerra só se resolve a partir de uma série de deus ex machinas e sequências apoteóticas de ação que não se inserem muito bem no filme, embora certamente facilitem o trabalho da equipe de marketing. Eu amo os filmes como este, também recomendo assistir Professor Marston e as Mulheres Maravilha, este filme é um dos melhores filmes de 2017 que estreou o ano passado. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia. Amei que fez possível a empatia com os seus personagens em cada uma das situações. Sem dúvida a veria novamente, achei um filme ideal para se divertir e descansar do louco ritmo da semana.

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