segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Crítica: Valerian tem um visual excelente, mas não é só de visual que faz um filme ser bom(sem spoilers)

A adaptação de HQ francesa quase foi perfeita!!!

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Ficha Técnica: Valerian e a Cidade dos Mil Planetas
Ano: 2017
Lançamento: 21 de Julho(EUA), 10 de Agosto(Brasil)
Diretor: Luc Besson
Elenco: Dane DeHaan(Valerian), Cara Delavigne(Laureline), Clive Owen(Arun Fillit), Rihanna(Bubble), Ethan Hawke(Jolly The Pimp), Herbie Hancock(Ministro da defesa), Kris Wu(Capitão Neza), Rutger Hauer(presidente da federação mundial) e John Goodman(Igon Siruss).
Classificação: 12 anos
Duração: 139 minutos(2 horas e 19 minutos)
Sinopse: Século XXVIII. Valerian é um agente viajante do tempo e do espaço que luta ao lado da parceira Laureline, por quem é apaixonado em defesa da terra e seus planetas aliados, continuamente atacado por bandidos intergaláticos. Quando chegam no planeta Alpha, eles precisaram acabar com uma operação comandada por grandes forças que deseja destruir os sonhos e as vidas dos dezessete milhões de habitantes no planeta.

Se o filme fosse só para mostrar o visual e não ter história, o longa receberia nota 10 direto, já que o aspecto visual é muito bom, sendo fantasioso ao mesmo tempo realista, algo que não se via desde Avatar(2009), com a captura de movimentos dos alienígenas e das criaturas especiais sendo bastante convincentes, principalmente os planetas, com a fotografia ajudando e em muito. Porém, não é isso que ocorre. A obra precisa ter uma história boa, pois há o risco de não agradar e Valerian repete esse erro.

De roteiro, a única parte boa do longa é o começo, que mostra os humanos tendo os primeiros contatos com os alienígenas, ao ritmo da música Space Oddity, de David Bowie, porém, a partir do momento que entra os dois protagonista da história, aí começa a debandar e muito.

O roteiro escrito por Luc Besson, que é declarado fã dos quadrinhos lançados por Pierre Christin e Jean Claude Mezieres em 1967, é muito mal feito. Não tem furos de roteiro, mas não consegue explicar bem o universo, enrolando muito e repetindo muito. Um bom filme precisa ter um roteiro dinâmico, que saiba conversar com os telespectadores, prendendo a atenção dele na tela e se ficar muito explicativo e repetitivo, há o risco do telespectador tirar um cochilo na sessão do cinema.

Outro ponto ruim do script são as interações dos personagens, com os diálogos sendo muito ruins, sem graça, as piadas sendo mais uma vez repetitivas demais, cansando a mente do telespectador e muito mal feitas, dando graça nenhuma(o filme tem cerca de 60 piadas, não ri em nenhuma delas). 

A edição não é ruim, pois cada cena se encaixa com a outra, só com o desenvolvimento delas sendo bem abaixo do esperado.

E um dos pontos principais do filme ter sido ruim foi a direção de Luc Besson, que não agrada, sendo feita de má vontade, você consegue ver que não tem nenhuma energia, sendo bastante cansativas.

Os atores estão péssimos. Dane DeHaan, que é um bom ator, vem caindo muito de produção(isso começou com o Espetacular Homem Aranha 2, quando fez um esquecível Duende Verde) e neste filme, tentou dar a impressão de um galante canalha, mulherengo e sedutor, assim como é Valerian nos quadrinhos, porém, não mostrou nenhum carisma e vendo o ator atuando, você via que ele não estava confortável no papel, já que geralmente seus personagens são bastante problemáticos.

Cara Delavigne não é atriz. Ela é bonita, tanto que é modelo, porém, como atriz, ela não entregue emoção, sempre faz a mesma cara de sonsa e suas cenas com Valerian é de dar vergonha, que deve ter feito os criadores da HQ chorarem de raiva e tristeza, já que nos quadrinhos, essa relação é totalmente mais elaborada e divertida.

Outros nomes de peso como Clive Owen e Ethan Hawke aparecem pouco e não dão nada de importante no decorrer da trama. E a participação da cantora Rihanna é curta e é totalmente esquecível e sua parte não avança a história, fazendo a trama ficar bem confusa. E como Delavigne, Rihanna pode até cantar bem(não sou um grande fã da cantora), porém, para atuar como atriz ela simplesmente não consegue.

Além do visual, a trilha sonora salva o filme de receber uma nota zero, com a composição sendo feita por Alexandre Desplat.

No resumo da obra, mesmo com o visual espetacular, você sai cansado após ver o filme e Valerian perde a chance de poder rivalizar com outras adaptações de quadrinhos que tem no cinema, sendo um filme esquecível, tanto que nem bilheteria está fazendo e o que tudo indica, não ganhará uma continuação, sendo mais uma adaptação de quadrinhos que não dá certo!!!


Nota do filme: 4.0

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