A série Castlevania, feita pela netflix, foi uma aposta grande do serviço de streaming de fazer uma boa adaptação de games e escolheu fazer a adaptação de uma franquia bastante popular da Konami e o resultado foi satisfatório.
No Rotten Tomatoes, site que faz um apanhado de críticas, mostra que a série está com 90% de aprovação, uma média muito boa, ou seja, a série foi um sucesso. Não para mim!!!
Para deixar claro, gostei da série, mas não é essa maravilha que as pessoas vem falando e vamos descobrir isso.
Dando uma breve sinopse, a série é um prequel do jogo Castlevania III Dracula Curse, lançado no ano de 1989 e mostra por que Drácula(dublado por Graham McTravish) tem esse nojo pelos humanos e decidiu destruir eles e tudo o que haviam conquistado. O protagonista da história é Trevor Belmont(dublado por Richard Armitage), pertencente a família de caçadores que acabou sendo excomungada pela igreja, espalhando rumores de serem desonestos, caçando usando poderes sobrenaturais provindos do próprio inferno.
A história se foca numa cidade que sofre de ataques do Drácula, tendo como um dos seus bispos o Bispo de Gresit, que é conhecido por queimar pessoas que são nominalmente consideradas como bruxas e que foi o responsável por queimar a esposa de Drácula, que foi acusada por ter feito bruxaria, fazendo com que ele se revoltasse e passasse a punir os humanos.
E nesta cidade, Trevor acaba ajudando os locais a combater as criaturas, mesmo mostrando ser um anti-herói e aí ele conhece Sypha Belnades(dublado por Alejandra Reynoso), sendo uma oradora e neta do ancião da cidade e que pratica a magia e ajuda Trevor a cumprir a promessa do seu avô, de que é achar o escolhido que conseguiria derrotar o Drácula(não vou falar quem é, pois este post é sem spoilers, mas quem jogou o jogo sabe de quem eu estou falando).
A direção da série foi feita por Sam Deats, com roteiro de Warren Ellis, escritor de HQs, conhecido por fazer a saga do Homem de Ferro Extremis, escreveu histórias do Ultimate Quarteto Fantástico, Thunderbolts, Wolwerine, Hellzblazer, entre outros.
Uma curiosidade é que Ellis chegou a trabalhar numa adaptação do jogo em 2007, que faria em parceria com o antigo produtor da série Koji Igarashi, sendo um filme para DVD, porém, a ideia não seguiu em frente.
Os dois primeiros episódios da série são muito, mas muito mal feitos. O roteiro não tem furos, mas não sabe apresentar bem os personagens, não dando a eles carisma necessário, tanto que Drácula não chega a dar medo e Trevor Belmont é um porre, sem graça e suas piadas eram completamente sem graça e isso prejudicou e muito o desenrolar da história. O irônico apresenta bem o mundo em que se vive, porém, é de uma forma bem puxada e que pode deixar as pessoas com sono.
A partir do terceiro episódio, a série melhora e quando ela estava tendo um grande avanço, a temporada termina no quarto episódio e seria mais legal se tivesse pelo menos mais 4 episódios e evitar essa interrupção bruta que teve.
O roteiro em si é bom, mas faltou a Ellis dar mais dinamismo e tomara que na segunda temporada ele consiga melhorar isso.
As cenas de ação são bem feitas, bem coreografadas, os traços da animação funcionam, parecendo realmente um anime, só que neste caso, um anime estadunidense.
A dublagem nos dois primeiros episódios é mal feita, parecendo que faltava aos dubladores serem mais emotivos também, parecendo que estavam no auto-controle, principalmente de Dracula e Trevor Belmont. No caso de Trevor, dá uma melhorada e no Drácula não sabermos, já que ele aparece só no primeiro episódio.
A fotografia e o cenário são bons, dando a impressão que realmente estamos no século XV e há muita violência, com tripas voando, sangue jorrando, palavrões, fazendo jus ao fato da série ser para maiores de 18 anos.
Para mim ainda não é a melhor adaptação de games já feita, sendo apenas boa, tendo que melhorar muito mais para chegar a seu objetivo.
Nota: 7.0
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