Kong A Ilha da Caveira é o segundo filme do universo de monstros gigantes que a Legendary criou, com o longa Godzilla(2014) inaugurando essa fase. Apesar de fazer parte de um universo, Kong A Ilha da Caveira consegue ser um filme fechado, sem mostrar muitas referências a Godzilla, com exceção do fato de o instituto Monarch está em Kong assim como esteve em Godzilla, já que a fundação estuda criaturas gigantes que viviam na terra há muito tempo. Este post está sem spoilers!!!
A história do filme é que um grupo de militares, juntamente com cientistas, vão numa ilha desconhecida chamada Ilha da Caveira, já que William Bill Randa, personagem feito por John Goodman, lidera essa expedição para achar uma criatura gigante que vinha estudando há muito tempo(Kong, na ocasião) e que consegue apoio do governo estadunidense. O longa se situa no ano de 1973, após o exército dos EUA saírem da Guerra do Vietnã.
O diretor Jordan Vogt-Roberts merece um destaque especial, principalmente na direção da câmera que exerceu, que foi simplesmente extraordinário, onde misturou cenas de filme de guerra, acompanhando muito bem os soldados, ao mesmo tempo que fez capturas muito interessante de Kong e das criaturas que moram na Ilha da Caveira.
As cenas de ação são também extraordinárias, desde a primeira tomada até a última, além das cenas de Kong quando lutava contra os soldados ou contra as criaturas más. Vale notar que quando os soldados chegam na Ilha da Caveira, a forma como foi feita, Jordan deu aula de cinema. O diretor também quis colocar na trilha sonora musicas de rock e fez de uma forma eficaz. Não chegou aos pés de Guardiões da Galáxia(2014), porém, foi melhor que Esquadrão Suicida(2016).
Além disso, o longa consegue ter momentos de tensão, além da fotografia está boa.
O roteiro do filme é bom, nada de espetacular e não é melhor história que você viu, porém, é eficaz e isso é o que importa. O longa, diferente de Godzilla, tem lances de humor, porém, consegue ser bastante sério.
Diferente de King Kong(2005), onde Peter Jackson fez uma homenagem ao filme do macacão dos anos 30, Jordan, ao usar referências de Apocalypse Now(1979), já que o longa se situa em tempos de guerras, conseguiu dar uma mitologia ao universo de Kong, que até pode ser usado em futuros filmes. Além disso, não usa o artifício da Fera se apaixonar pela Bela, como acontece nos filmes recentes de Kong e não usa também o artifício da dama em perigo.
Em termos de atuação, quem se destaca são Samuel L.Jackson e John C.Reilly, que conseguem terem um destaque grande aos demais, sendo no lado do humor quanto no lado sério.
O núcleo dos soldados e dos cientistas foram bem desenvolvidos, com destaque principalmente para os soldados, que foram os grandes momentos de humor no longa.
A atuação de Brie Larson, que está recebendo um holofote especial, já que tem um oscar na bagagem e será a Capitã Marvel do Universo da Marvel Studios, teve uma atuação boa, porém, acabou sendo bem coadjuvante.
A grande polêmica do longa foi a atuação de Tom Hiddleston, que até mostrou pontos de protagonismo, porém, faltou gritar mais, mostrar emoção e parecia um robô que fora programado para fazer somente aquilo.
No conjunto da obra, o longa consegue ser divertido e mostra que a Legendary está realmente levando a sério o seu universo de monstros gigantes. Agora é só esperar o embate entre Kong e Godzilla.
Nota do filme: 8,5
OBS: Teremos um post falando dos spoilers do longa, realmente nos dizendo o que esperar do encontro entre Kong e Godzilla, então não percam!!!
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