A Lionsgate, após o encerramento da franquia Jogos Vorazes, decidiu apostar em uma nova franquia que poderá ter mais sucesso que a anterior, a série Power Rangers, criada no ano de 1993 e que permanece até hoje. Essa decisão de levar Power Rangers aos cinemas acabou sendo bastante acertada.
O filme dá uma nova cara aos Power Rangers, contando uma nova origem e querendo criar um universo exclusivo para os filmes. No entanto, a cidade em que ocorrem os eventos é em Angel Grove, Califórnia, a mesma da primeira série.
Os Rangers do longa são Jason, Kimberly, Billy, Zack e Trini, os primeiros Rangers do seriado Mighty Morphin Power Rangers e que os produtores decidiram introduzir esses Rangers a uma nova geração.
Os cinco jovens tem problemas pessoais e não são, como podemos dizer, pessoas normais e isso é bem interessante, sendo um dos pontos altos do longa. Além disso, a dinâmica entre eles é muito boa, sendo realmente um longa de equipe, deixando no chinelo filmes como Quarteto Fantástico(2015) e Esquadrão Suicida(2016).
Aliás, para os cinco jovens se tornarem Rangers e morfarem, não foi de boa, com eles sendo expostos a intensivos treinos sob o comando de Zordon, com o auxílio de Alpha 5, que serve como alívio cômico, sendo bem feito.
Dentre os Rangers, os destaques é de longe Billy, o Ranger Azul, que serve como um alivio cômico do longa, porém, sabe ser sério quando tem que ser. Jason também soube ser o elo de liderança que um Ranger Vermelho deve ser, como no inicio, quando teve o primeiro contato com Billy, já que este era alvo de zombaria dos colegas, Jason mostrou que é uma pessoa protetora, protegendo Billy e isso será fundamental para fundamentar a sua liderança no Power Rangers. É claro que ele ainda não é aquele líder, porém, seu caráter vem crescendo e percebemos que ele amadurece ao longo do seu percurso, lembrando que no filme, Jason era um promissor jogador de futebol americano, porém, deu um vacilo que o fez perder status e vemos que Jason retomou o seu caminho.
Kimberly e Trini, os Rangers Rosa e Amarelo, respectivamente, também foram o destaque do longa, que também tem uma vida bem complicada. Kimberly era uma garota colega que acabou fazendo uma mancada com uma de suas colegas e foi excluída do grupo e ela se sente remoída por isso, enquanto Trini é uma garota weird, que não se relaciona bem com os seus pais, não tendo muito amigos. Essas questões também vão ao debate.
O ponto negativo, na minha visão, é Zack, o Ranger Preto, não em questão da sua história, que era uma pessoa zoeira, ao mesmo tempo tendo uma carga dramática forte, mas sim a sua atuação, que achei bem forçada e sem graça.
Bom, a vilã Rita Repulsa é espetacular, lembrando bastante a vilã da série, com galhorfa, ao mesmo tempo, tendo um visual assustador. Um excelente trabalho da atriz Elizabeth Banks, sendo um dos destaques do longa.
Outro destaque do filme é Zordon, feito pelo excelente Bryan Carston, que trouxe uma outra característica ao mentor do Power Rangers, sendo bem rígido em relação a eles, ao mesmo tempo que não é nenhum deus, chegando a cometer erros. Essa outra forma de Zordon teve um dos momentos mais legais do filme, quando ele bateu de frente com Jason, após este criticar os métodos de treino que Zordon vinha fazendo.
O roteiro é bom, dá uma introdução legal ao universo Ranger, dando um presente aos fãs, ao mesmo tempo que apresenta este universo para pessoas que não o conhecem. O roteiro não é perfeito e teve um furinho de roteiro, porém, não atrapalha em nada a experiência.
O visual não chega aos pés de grandes produções, vendo que o orçamento foi baixo, porém, acabou sendo convincente. A trilha sonora também foi bem produzida. Bom, é claro, as cenas de ação também foram produzidas de forma bastante eficaz, dando para se divertir bastante.
O filme consegue ter humor, ao mesmo tempo que tem drama, sem ser chato. Então, vale a pena ver Power Rangers.
OBS: Fiquem até o meio dos créditos do filme, pois tem cena pós créditos e é importante, principalmente quem é fã!!!
Nota do filme: 8.0
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